terça-feira, 2 de outubro de 2012



1. A Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire

“ Paulo Freire é um dos três educadores mais conhecidos no mundo inteiro, motivo de orgulho para todos os brasileiros, diria mesmo que ele é o intelectual brasileiro mais conhecido no mundo. Li esse livro quando era adolescente, depois reli várias vezes por várias razões… Uma das críticas que ele faz em “A Pedagogia do Oprimido” é contra o modelo de educação que vê a criança como um recipiente vazio, onde se vai enfiando conhecimento, como se fosse algo automático… Paulo Freire mostra que a educação não pode ser burocrática, sem motivação, ao contrário, ela precisa estar conectada com a vida, com o que é relevante para as pessoas… Parece óbvio, mas não era na década de 70, ninguém dizia que o currículo escolar devia se adaptar à realidade cultural do aluno – Paulo Freire foi o primeiro a chamar a atenção sobre essa condição. Você não pode ensinar uma criança, por exemplo, do interior de Pernambuco do mesmo jeito que se ensina a uma criança que vive em São Paulo. Tudo é diferente, incluindo as palavras. Aliás, ele conseguiu ensinar a ler, lá nos confins de Pernambuco, os pescadores de uma pequena vila – criou um currículo feito com as palavras que eram importantes no cotidiano deles, fazendo-os ler e escrever em 40 horas, foi revolucionário! Uma das coisas que aprendi nesse livro foi que a experiência escolar precisa ser prazerosa e democrática. É de fato uma leitura recorrente porque temos de continuar com o pensamento dele”.

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