sábado, 29 de dezembro de 2012

PROJETO DE ESTÁGIO EM SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO















PROJETO DE ESTÁGIO
EM SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO









  














Feira de Santana
2004










Departamento de Educação
Curso: Licenciatura em Pedagogia
Disciplina: Metodologia para Sociologia da Educação
Professora: Ana Maria Fontes
Aluno: Cleide Alves Cardoso

















TEMA




















Feira de Santana
2004



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INFORMAÇÕES TÉCNICAS








Nome: Escola Gastão Guimarães
Local: Feira de Santana-Ba
Carga Horária:
Número de Participantes: 64 Alunas
Turno: Vespertino e Noturno
Dias/Horários:
Vespertino:
Noturno:
Período:










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APRESENTAÇÃO






Este projeto é um dos requisitos para o Estágio Supervisionado em Sociologia da Educação, ministrado pela Professora Ana Maria Fontes, que tem como objetivos proporcionar as alunas do Colégio Gastão Guimarães das turmas vespertino e noturno, a integralização dos fundamentos teórico-metodológicos construídos ao longo do curso de Licenciatura em pedagogia e refletir sobre os encaminhamentos que vêm ocorrendo no currículo a respeito de temas transversais, a exemplo da abordagem da Cidadania seja como disciplina complementar ou como tema que perpasse por todas as disciplinas.


Nesse sentido, percebe-se que a Educação vinculada na Zona Rural não tem contemplado as reais necessidades da população por reproduzir a vida urbana, o que descaracteriza o homem do campo.

Em face disto, este trabalho tem o intuito de discuti a prática pedagógica do professor para a Escola Rural, além de contribuir para uma reflexão, a fim de desenvolver uma educação que, partindo do contexto local, possa resgatar a cultura da população que vive no campo.

Atuar nesse processo também permite repensar a formação acadêmica, possibilitando um novo olhar diante da dinâmica social da conjuntura sócio-histórica, numa perspectiva democrática de reflexão sobre a realidade brasileira.













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JUSTIFICATIVA


O projeto que ora propusemos realizar, é fruto de nossa inquietação em relação a falta de um olhar mais específico nas séries que seguem o termino do Ensino Médio para as questões referentes a Educação Cidadã, visto que muitos desse alunos, vivem uma constante interação social e com o meio e geralmente não possuem durante o curso nenhuma discussão referente a esta questão, principalmente no que diz respeito a uma proposta pedagógica adequada para atender a estas especificidades.

É possível perceber em literaturas diversas (livros, artigos, etc.) que tratam do tema que, as especificidades da vida, cultural e histórica do rural são constantemente renegadas, ou seja, os moldes vistos comonecessáriossão repassados para as escolas, que isto era concebido como ideal para o desenvolvimento da sociedade. Por muitos anos, assim foram feitos os repasses de pacotes pedagógicos, os quais eram introduzidos de forma vertical e para efeitos de uma formação técnica.

O objeto de compreender a Educação Rural como importante e diferenciada, implica em proporcionar ao homem do campo possibilidade de conhecimento que o auxilie a viver e manter-se autonomamente e seus lócus, transformando-o através da ampliação de discussões de bases políticas, sociais, trabalhistas e, por conseguinte, educativas.

A educação rural durante muito tempo foi vista como um serviço assistencialista (LEITE, 1999), voltada para os interesses da cidade. Por isso Brandão (1994:243) aponta que:


A rigor não existe educação rural: existem fragmentos da educação escolar urbana introduzido no meio rural A própria educação escolar é, em si mesma, uma instituição emissária do poder que se concentra na cidade e, de , subordina a vida e o homem do campo.

Nesse contexto, os professores que vão para essas escolas não se sentem preparados para lidar com a realidade campestre, contribuindo de maneira decisiva (BAPTISTA, 2003), tanto para reprodução da desvalorização da vida no campo, quanto para um ensino que não seja condizente com a realidade rural que possibilite a interação entre teoria e prática buscando re-significar os conteúdos abordados em aula.
Tendo em vista, que para muitos alunos, as discussões em torno da educação do campo não é sequer mencionada, é que necessitamos refletir sobre o papel social desse mesmo professor que estará convivendo com essa realidade.
Para tanto, faz-se necessário reconhecer o valor que há na vida do homem do campo, suas experiências, seus costumes, a fim de resgatar sua dignidade de cidadão.

Por isso a discussão desse tema proporciona refletir sobre questões de cidadania das comunidades rurícolas, buscando na formação do sujeito a garantia de sua participação no processo de melhoria das condições de vida do meio rural.

Nesse sentido, a educação escolar tem por necessidade ser redimensionada, a fim de que os conteúdos curriculares sejam dados a partir da realidade local, numa constante integração com o global, num intuito de promover um reconhecimento do homem e da mulher e sua participação nas tomadas de decisão da comunidade onde estão inserido.

Portanto, este trabalho vem discutir com as alunas da turma de Ensino Médio do Colégio Gastão Guimarães em Feira de Santana, reflexões a alternativas de trabalhos na escola que enfoque a cidadania como força motriz para formar indivíduos conscientes de seus deveres e conseqüentemente seus direitos. Mas ser cidadão é muito mais que isso, significa saber conviver com outras ´pessoas dentro de uma sociedade, respeitando e seguindo valores éticos, cumprindo com nossos deveres e trabalhando para criar um mundo melhor para todos.
Respeitar o próximo é um dever tanto de cidadão como de ser humano. assim podemos construir um país mais digno. Isso é ser cidadão.


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OBJETIVOS



  • Buscar refletir com as alunas do Curso de Magistério sobre a importância da educação para o homem do campo, visando contribuir para o processo de formação de sujeitos capazes de intervir no contexto, melhorando as condições de vida no meio rural.
  • Discutir alternativas de trabalho para classes inseridas no meio rural.






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DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES






A Formação das Alunas do Curso de Magistério para Educação no campo



Sub-temas:

  • Levantamento do conhecimento prévio
  • Contexto histórico do ruralênfase para a educação rural fazendo contraponto com a atualidade.
  • Perspectivas da Educação Rural a partir da LDB nº 9394/96 e das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campoResolução n° 01 de 03/04/2003.
  • Educação Rural na Formação de professores.
  • Propostas Pedagógicas: Pedagogia da alternância (Escola Família Agrícola), MST (Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra), CAT (Programa Conhecer, Analisar e Transformar);
Relações sociais no campo;
Movimentos sociais;
Desenvolvimento sustentável X Educação;
Relação Escola X Comunidade;
  • Propostas Didático – Metodológicas










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METODOLOGIA



Os trabalhos serão desenvolvidos através de discussões em torno da temática, as quais estarão dentro de uma concepção sócio-interacionista, em que o conhecimento mediado se dará a partir do desenvolvimento dos sujeitos no processo de construção das posturas pedagógicas perante a realidade rural e seu conhecimento prévio em consonância com o tema abordado.

Para tanto utilizaremos como suporte técnico, atividades que propiciem e/ou instiguem a construção coletiva do conhecimento. Sejam elas; trabalhos em grupo, apresentações orais, individuais e coletivas e exposição dialógica.




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CRONOGRAMA







  • Diagnóstico – (04 horas)
  • Atividade Complementar – 04 horas semanais durante dois meses (32 horas)
  • Atividade em sala de aula – 02 meses de aula com 02 horas semanais (16 horas)

Total de Horas – 48 Horas



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RECURSOS








  • Cartazes
  • Pilotos
  • Papel ofício
  • Transparências
  • Retro-projetor
  • Tesoura
  • Cola
  • Bolas de assoprar
  • Som
  • Tv
  • Vídeo

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AVALIAÇÃO


A avaliação será processual e constante, se valendo da utilização de diversos instrumentos, entre eles:

  • Participação oral
  • Trabalhos em grupo
  • Produção textual
  • Auto-avaliação


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BIBLIOGRAFIA
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