O papel dos adultos na educação dos filhos se resume a ter autoridade com firmeza, paciência e persistência nas palavras.
A falta de limites e exemplos dos pais, que muitas vezes não têm compromisso com a verdade, delineia características de grande parte dos jovens
Nos dias atuais, é possível perceber uma grande mudança na maneira como os pais educam seus filhos. Estamos passando por uma crise de valores em que a falta de limites e a falta de bons exemplos por parte dos pais traçam muitas das características que os jovens carregam para a vida adulta.
A falta de limites por parte dos pais cria jovens que pensam ter o poder nas mãos e que acham que podem fazer tudo, sem ter que pagar pelas consequências de seus atos. Infelizmente, muitas crianças nunca ouviram um não de seus pais, e isso traz muitos prejuízos para o seu amadurecimento, pois, dessa forma, elas não aprendem a conviver com as frustrações.
Muitos pais, na tentativa de diminuir seu sentimento de culpa pelo pouco tempo que passam com os filhos, ou até mesmo por negligência, concedem-lhes poderes, como escolher se vão sair ou não, se irão viajar ou não e até mesmo se querem ou não ir à escola. No entanto, decidir e saber falar um não que oferece limites e educa é função dos pais. É extremamente necessário que os pais sejam firmes e tenham paciência com seus filhos, pois ameaças e falatórios não adiantam.
Os adultos são os únicos responsáveis pela educação das crianças que cuidam. Assim, é muito importante que a criança aprenda valores e saiba a importância de ser solidária, de partilhar, de respeitar a si mesma e aos outros, de ter compromisso e responsabilidades com seus atos. E é preciso que os pais entendam que não podem abster as crianças das frustrações, pois é dessa forma que elas amadurecem e se tornam aptas para enfrentar a vida, tornando-se jovens e adultos saudáveis e seguros.
Filhos: a educação é igual para todos?
Em se tratando da educação que os pais dispensam aos filhos, uma das questões que mais os afligem é saber como lidar com os pequenos, que tem personalidades e qualidades bem distintas.
Querer criá-los de forma semelhante pode ser um equívoco. É necessário que a atitude seja coerente com o jeito de cada um. Segundo especialistas, uma idéia equivocada que os pais têm a esse respeito é a seguinte: acreditar que devem proporcionar uma educação igual aos filhos, para não correr o risco de praticarem injustiças. Os princípios da criação, sim, é que precisam ser os mesmos. Mas, por exemplo, se um dos filhos é organizado e outro não, a maneira de tratar cada um deles deve ser diferente, respeitando a individualidade de cada um.
Um dilema muito comum entre irmãos que é causado pelas diferenças é a briga. E quando interrogados sobre o acontecimento, um joga a culpa no outro. Aí vai um conselho: Quando um filho chama a sua atenção para apontar os erros do irmão, o melhor é não atender. Interfira somente quando a situação ficar insuportável ou aproximar de uma agressão física. Tenha o cuidado para não ser parcial. Se você não sabe de quem é a culpa, a bronca precisa valer para os dois.
Por Patrícia Lopes
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