terça-feira, 12 de março de 2013

Curiosidades


A Ausência do Zero no Sistema de Numeração dos Romanos


Os números criados pelos romanos foram relacionados a letras, diferente de outros povos que criaram símbolos na representação numérica de algarismos. Os números romanos utilizavam as letras I, V, X, L, C, D, M na representação dos seguintes valores: 1, 5, 10, 50, 100, 500, 1000 respectivamente. O interessante desse sistema de numeração é a ausência de uma letra relacionada ao número zero. Mas ao criar esse sistema de numeração, os romanos não estavam interessados na realização de cálculos. Eles simplesmente queriam números representativos para a determinação de quantidades, como contar objetos, animais, armas e etc. A representação numérica adotada pelos romanos foi durante muitos séculos a mais utilizada por toda a Europa.
Com o desenvolvimento da expansão comercial, a utilização de cálculos matemáticos tornou-se uma questão primordial. Foi nesse momento que os números romanos foram questionados em razão da ausência do zero e da representação de valores por letras. Essas características principais do sistema de numeração dos romanos dificultavam o desenvolvimento de técnicas matemáticas eficazes. Alguns estudiosos romanos tentaram relacionar o sistema numérico com a utilização do ábaco, mas os meios operantes requisitavam conhecimentos complexos.
O algarismo zero, ausente no sistema de numeração dos romanos, fora descoberto pelo povo hindu, bem como um novo sistema de numeração semelhante ao utilizado atualmente. Esse sistema consistia em uma base decimal (dez algarismos) que ordenados entre si formavam e representavam qualquer número. O sistema criado pelos hindus fora divulgado por toda a Europa pelos árabes, passando a ser conhecido como sistema de numeração indo-arábico. Esses números contribuíram de forma incessante na modernização dos cálculos matemáticos, em razão de sua praticidade simbólica e representação de quantidades.
Atualmente, os números romanos são utilizados na representação de nomes de papas e reis, de séculos, nomes de ruas, marcações de relógios, capítulos de livros etc.

Por Marcos Noé
Graduado em Matemática
Equipe Brasil Escola
 



A diferença entre o FBI e a CIA


Símbolos do FBI e da CIA, respectivamente.
O FBI (Federal Bureau of Investigation) é uma espécie de Polícia Federal dos Estados Unidos, uma agência governamental que possui o papel de amparar a lei através da investigação de violações da lei penal federal. Entretanto, ao contrário do que alguns pensam, o FBI não é um departamento de polícia nacional, mas sim, uma jurisdição diferente para certos tipos de crimes, administrada pelo Procurador Geral da Justiça dos Estados Unidos. Criada em 26 de julho de 1908 pelo promotor público Charles Joseph Bonaparte, o FBI é considerado a maior agência policial do mundo, contando com trinta mil funcionários e atuando em sessenta países.

De uma forma bem simples, a CIA (Central Intelligence Agency) é o serviço de inteligência estadunidense, cujo papel é coletar informações de fontes humanas, avaliar se essas informações ameaçam a segurança nacional, além de informar os responsáveis para que sejam tomadas medidas cabíveis.

O serviço de inteligência estadunidense foi criado para satisfazer uma necessidade estratégica em virtude da Guerra Fria e do avanço do comunismo. Atualmente a CIA perdeu um pouco de sua importância, pois seu trabalho é restrito à investigação de informações de fontes humanas, a obtenção de informações obtidas de sinais de comunicação (SIGINT) é tarefa de outro órgão, a NSA.

Embora o compartilhamento de informações entre o FBI e a CIA possa ser algo comum, existem grandes diferenças entre os órgãos. A maior delas é que, enquanto o FBI possui uma atuação maior dentro dos Estados Unidos, o trabalho da CIA é realizado no exterior. Essa distinção, porém, já foi desrespeitada diversas vezes.


A Diferença entre Psiquiatra, Psicólogo e Psicanalista



As atuações das três profissões “psis”.
O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.

O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria. Esta é realizada em 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.

O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.

O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.

O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseada nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola




A Doença mais Antiga do Mundo



Ilha de Spinaloga - Uma Antiga colônia para hansenianos
Atualmente, médicos e especialistas têm conhecimento acerca de inúmeras doenças, de todas elas a mais antiga é a hanseníase. Os primeiros registros dessa doença datam de 1350 a.C.. Apesar de ser muito antiga, o tratamento eficaz da doença só foi descoberto no começo dos anos 80, com o desenvolvimento da poliquimioterapia.
A hanseníase é provocada pela bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como Hansen, ela agride principalmente os nervos e a pele, podendo, em estágios mais graves, resultar em deformações. A lepra, como era conhecida, consome, resseca, agride e penetra na pele, deforma nervos, músculos e ossos.
No início ela provoca uma dor quase insuportável que logo passa e é substituída pela perda da sensibilidade e dos movimentos. O nome foi alterado por causa do preconceito com o qual os portadores da doença eram tratados, no Brasil a lepra passou a ser conhecida como hanseníase.
Em números absolutos de hanseníase, o Brasil é o segundo país no ranking, perdendo somente para a Índia.
Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola.com



Bebidas Energéticas



Energéticos devem ser consumidos com cautela.
Bebidas energéticas, geralmente, possuem em sua composição, além de carboidratos:
- Taurina: é um aminoácido que participa de funções fisiológicas importantes, como a excreção rápida de produtos tóxicos no organismo. Não se conhece bem os efeitos de seu consumo sobre nossa saúde em longo prazo.
- Glucoronolactona: é um carboidrato que possui função desintoxicante e auxilia na metabolização de substâncias.
- Cafeína: acelera a cognição, diminuindo a fadiga e aumentando o estado de vigília.
- Inositol: esse isômero da glicose previne o acúmulo de gordura no fígado e melhora a comunicação cerebral, a memória e a inteligência.
- Vitaminas: as principais encontradas nos energéticos são a niacina, B6, B12, riboflavina e ácido pantotênico. Sua presença está relacionada à reposição das doses recomendadas.
A união desses componentes resulta em uma bebida agradável ao paladar e que proporciona energia e ausência de sono para diversas atividades: desde horas extras de estudo à maior disposição para curtir uma festa. Uma única latinha é capaz de garantir esses efeitos por até três horas, dependendo do organismo da pessoa. Assim, não é difícil compreender o porquê de seu consumo, entre 2006 e 2010, ter aumentado mais de 300%, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR).
Apesar desses efeitos, os energéticos devem ser consumidos esporadicamente e com moderação, já que mascaram a fadiga do indivíduo, provocam insônia e podem aumentar significantemente a frequência cardíaca. Além disso, níveis muito elevados de cafeína podem desencadear em crises epilépticas, derrame cerebral e até mesmo morte. A bebida também é capaz de acelerar a perda de cálcio e magnésio pelo organismo, resultando em câimbras e, em longo prazo, osteoporose; e tem alto poder de provocar dependência, o que pode vir a ser um problema significativo.

Ingeridas ou misturadas juntamente com bebidas alcoólicas, essas bebidas podem provocar a desidratação, já que a cafeína e o álcool são substâncias diuréticas. Essa mistura também pode intensificar os efeitos do álcool, mas mascarando seu estado de embriaguez, já que a pessoa se sente bem menos sonolenta do que usualmente aconteceria. Isso permite com que a pessoa não tenha dificuldade em beber muito além da conta, criando uma maior tendência a comportamentos de risco.

Considerando o exposto, fica a dica: nunca consuma mais de duas latinhas de energético em um mesmo dia e evite misturar essa bebida com as alcoólicas. Caso o faça, defina anteriormente, e de forma sensata, a quantidade máxima dessas substâncias que irá tomar, e cumpra esse compromisso, ingerindo bastante água nos intervalos. Nesta situação, não dirija!

Mulheres grávidas jamais devem usar energéticos, já que tal ato pode provocar aborto espontâneo ou nascimento de bebê de baixo peso.


Curiosidade:
As bebidas energéticas não cumprem o mesmo objetivo que as bebidas esportivas, também chamadas de isotônicos. Estas bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos têm a função de repor líquidos, eletrólitos e carboidratos que costumam ser perdidos, principalmente, através do suor, durante atividades físicas intensas, como corridas competitivas.

Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola



A Eficácia do Riso



O riso pode apresentar um aspecto físico, cognitivo e emocional.
Ao escutar uma piada, daquelas que nos fazem disparar a rir, são produzidos na boca uma série de sons vocálicos que duram de 1/16 segundos e repetem a cada 1/15 segundo. Enquanto os sons são emitidos, o ar sai dos pulmões a mais de 100 Km/h.

Uma gargalhada provoca aceleração dos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial e dilatação das pupilas.

Os adultos riem em média 20 vezes por dia, e as crianças até dez vezes mais. Rir é um aspecto tão inerente à existência humana que esquecemos como são interessantes esses ataques repentinos de alegria.

Por que as pessoas riem quando escutam uma piada? Segundo o escritor húngaro Arthur Kostler (1905-1983), o riso é um reflexo de luxo, que não possui utilidade biológica.

Entretanto a Natureza não investe em algo inútil, acredita-se que o impulso de rir possa ter contribuído para a sobrevivência no decurso da evolução.

A gelotologia que pesquisa sobre o riso, aponta que esta é a mais antiga forma de comunicação.

Os centros da linguagem estão situados no córtex mais recente, e o riso origina-se de uma parte mais antiga do cérebro, responsável pelas emoções como o medo e a alegria. Razão pela qual o riso escapa ao controle consciente. Não se pode dar uma boa gargalhada atendendo a um comando, muito menos é possível reprimi-la.

O riso pode apresentar um aspecto físico, cognitivo e emocional. Acontecimento este que não reduz o senso de humor a uma única região do cérebro.

Rir, achar algo engraçado, é um processo complexo, que requer várias etapas do pensamento.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola


A formação de redemoinhos



Redemoinhos se formam pela ação da natureza.
Ao subir e descer, muitas vezes as marés produzem correntes circulares, conhecidas como redemoinhos, e alguns deles provocam uma pressão para baixo, chamada de turbilhão.

Os redemoinhos podem ocorrer em diferentes locais: em mar aberto, na costa, ou seja, não existe uma regra específica. Mas é possível fazer uma previsão de onde vai surgir, em geral, este fenômeno ocorre em áreas tropicais em virtude do calor intenso que interfere na temperatura dos oceanos.

A grande causa de redemoinhos é o encontro de uma porção de água aquecida com outras circunvizinhas mais frias. Estas águas se encontram em uma temperatura amena (menos quente) em decorrência das sombras de nuvens, por exemplo.

Para que ocorra um redemoinho são necessários vários fatores:

- A temperatura média de aquecimento da água tem que estar por volta de 26° C. A água se torna mais leve a esta temperatura e eleva seu nível de evaporação;

- Passam a existir as chamadas áreas de baixa pressão, em razão de o ar ficar diferente nessas superfícies;

- O vento nestas áreas sopra em movimentos circulares. Daí então está formado o redemoinho no mar.

Em geral os redemoinhos ocorrem no mar na costa do Japão, Noruega, Estados Unidos e Escócia. Já foi registrado um redemoinho com 75m de diâmetro em Old Sow, EUA. Redemoinhos no mar não têm poder suficiente para virar um barco, mas o turbilhão pode afogar facilmente um nadador ou mergulhador.

Um exemplo famoso é o redemoinho Naruto, no Japão, ele acontece no canal que liga o Mar Interior de Seto ao Oceano Pacífico, tem a terceira mais rápida corrente do mundo, a 20 km/h. O redemoinho ocorre 4 vezes ao dia e atrai a atenção de observadores e turistas.

Os redemoinhos também podem ocorrer em rios e lagos, mas não nas mesmas circunstâncias dos mares. Nesse caso, o que interfere na formação deste fenômeno é o fundo dos rios, principalmente aqueles com muitas depressões, pedras e buracos na areia.

Para que aconteça um redemoinho em um rio, por exemplo, é necessário que exista um “sumidouro”, ou seja, um lugar (um ponto) que absorve a água. Esta região se encontra no fundo do rio e funciona como um ralo de banheira, onde a água é sugada para seu interior. E foi justamente este fenômeno que ocorreu com o barco do comandante Sales, que ocasionou a morte de 40 pessoas em maio (2008). O barco foi tragado pelas águas do rio Solimões, no Amazonas.
Por Líria Alves
Equipe Brasil Escola


A história do Mario


Em 1980, após uma tentativa sem sucesso da Nintendo ao fazer um jogo baseado no desenho Popeye, Miyamoto, considerado o pai do Mario, foi então solicitado pela empresa a projetar um novo jogo baseado em suas próprias ideias. O resultado disso foi Donkey Kong, em o personagem "Jumpman" (Mario) tentava salvar a sua namorada Pauline do gorila Donkey Kong.

Para ser visto como ser humano e não como um mutante ou algo parecido, colocaram em Mario, um enorme bigode. Nos Estados Unidos, as pessoas perceberam que Mario era extremamente parecido com um funcionário da Nintendo, chamado Mario Segali, daí veio a ideia de trocar o nome de Jumpman para Mario, que já começou a ser utilizado no próximo jogo de Miyamoto, Donkey Kong Jr.

Mario originalmente era carpinteiro, mas depois dos canos nos quais ele entrava literalmente, no famosíssimo jogo Mario Bros, passou a ser considerado encanador. Após o tremendo sucesso no Mario Bros, o personagem foi sendo trabalhado ainda mais. Criaram Luigi, seu irmão, além disso, montaram uma história mais bem elaborada, com objetivos e vilões bem definidos, além de incrementar os poderes e os amigos de Mario.

O encanador é sem dúvida o principal ícone da Nintendo e talvez seja também, o principal dos jogos eletrônicos. A série Mario já possui mais de 184 milhões de cópias vendidas, e os jogos de Mario vão desde o modesto Super Nintendo até o moderno Wii, ambos da Nintendo.



A luz do Vaga-lume


As emissões luminosas dos vaga-lumes são chamadas de bioluminescência
As emissões luminosas dos vaga-lumes são chamadas de bioluminescência


O vaga-lume é um inseto coleóptero que possui emissões luminosas devido aos órgãos fosforescentes localizados na parte inferior do abdômen. Essas emissões luminosas são chamadas de bioluminescência e acontecem em razão das reações químicas onde a luciferina é oxidada pelo oxigênio nuclear produzindo oxiluciferina que perde energia fazendo com que o inseto emita luz.
Outro fator que impulsiona emissões luminosas é o de chamar atenção de seu parceiro ou parceira. O macho emite sua luz avisando que está se aproximando enquanto a fêmea pousada em determinado local, emite sua luz para avisar onde está.
Na reação química, cerca de 95% aproximadamente da energia produzida transforma-se em luz e somente 5% aproximadamente se transforma em calor. O tecido que emite a luz é ligado na traqueia e no cérebro, dando ao inseto total controle sobre sua luz.
Infelizmente, os vaga-lumes estão ameaçados pela forte iluminação das cidades, pois quando entram em contato com essa forte iluminação, sua bioluminescência é anulada interferindo fortemente na reprodução, podendo até serem extintos.


A muralha da China é visível do espaço?


Muralha da China
"A Grande Muralha da China é a única obra humana que pode ser vista do espaço a olho nu." Tudo isso foi por água abaixo quando em 2004, o primeiro astronauta chinês a ficar em órbita na Terra, Yang Liwei, declarou que a Muralha da China não era visível naquelas condições.

A NASA anunciou que o que eles achavam que fosse a construção era, na verdade, o traçado de um rio entre as montanhas, tendo reconhecido publica e oficialmente que a Grande Muralha da China não é visível do espaço sem ajuda de aparelhos.

Aliás, segundo a Academia de Ciências da China (ACC), outras grandes obras, como as pirâmides do Egito ou até mesmo a hidrelétrica de Itaipu podem ser vistas do espaço de acordo com alguns fatores: as condições atmosféricas, a capacidade de interpretar as estruturas vistas da órbita terrestre e, obviamente, a localização do observador.


A simbologia maçônica



Os maçons possuem um universo simbólico ligado ao processo de conhecimento do ser.


Ao longo do tempo, os maçons são conhecidos pela utilização de símbolos capazes de estabelecer a reafirmação de vários princípios que fortalecem os valores de seus praticantes. Para muitos, essa simbologia deveria ser a chave fundamental de um misterioso conjunto de mensagens que acobertaria uma faceta obscura desta sociedade. Contudo, essa postura de desconfiança e conspiração está bastante afastada do lugar que os símbolos ocupam no universo maçom.

Uma significativa parcela dos símbolos maçônicos é figurada por instrumentos empregados na construção civil. O sentido maior da construção reforça junto ao maçom a necessidade constante de aprimoramento moral, intelectual e espiritual. Não por acaso, o processo evolutivo do maçom está dividido em vários graus que são relacionados a um conjunto específico de símbolos. Dessa maneira, qual o significado de cada conjunto de símbolos presente em um determinado grau específico da maçonaria?

Ao contrário do que se supõe, os símbolos não teriam uma função ritualística ou comportariam algum tipo de habilidade mágica. De fato, você nunca terá a oportunidade de ver um maçom prestando homenagens ou se curvando mediante os símbolos. Os símbolos possuem a função de um texto que fora construído pelo próprio participante da maçonaria. Com isso, o universo simbólico maçom emite uma mensagem que se entrelaça com o processo de reflexão e aprendizagem particular de cada seguidor.

Um dos mais importantes símbolos da maçonaria é o triângulo que carrega um olho em seu centro. Ele faz referência ao Grande Arquiteto do Universo, aquele ser de natureza onisciente que tudo vê e tudo julga. Oriundo da antiga arte egípcia, esse símbolo está fortemente vinculado ao todo poderoso princípio criativo que organiza o Universo. Dessa forma, é errado acreditar que a maçonaria se alia a uma perspectiva deísta do mundo, pois os ateus e agnósticos também podem integrar tal irmandade.

Outro significativo símbolo da maçonaria é a associação entre o esquadro e o compasso, surgido no século XVIII. O esquadro pode fazer referência ao quadrado, ao número quatro ou à própria terra. Já o compasso faz referência à imensidão dos céus, ao princípio de unidade e ao círculo. Unidos, esquadro e compasso empregam a função de salientar a importância da associação indispensável e fundamental entre o mundo espiritual e o mundo material.

A trolha estabelece a representação de um importante princípio para os maçônicos. Na construção, essa ferramenta desempenha o discreto, mas significativo papel de aplicar a argamassa que promove a junção entre as pedras. Lançada ao campo moral, essa ferramenta salienta a necessidade de amor e tolerância entre aqueles que estão unidos pelos fundamentos da maçonaria. Na medida em que “perdem” a sua forma de pedra bruta (outro símbolo maçom), os congregados buscam a perfeição entre seus convivas.

De fato, existem tantos outros símbolos que são empregados entre os maçons. Ao longo do conhecimento e da experiência na maçonaria, estes símbolos passam a extrapolar a dimensão fixa de um significado de natureza invariável. Sendo o conhecimento do mundo e o autoconhecimento processos de natureza dinâmica, os símbolos maçons coerentemente assumem este mesmo comportamento.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola



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