Para ser um professor eficiente, não basta ter
boa vontade. É preciso estudar muito e sempre, dedicar-se, planejar e pensar em
diferentes estratégias e materiais para utilizar nas aulas. Para levar todos a
aprender, é essencial ainda considerar as necessidades de cada um e avaliar
constantemente os resultados alcançados. Seu desempenho, no entanto, só será
realmente bom se você conhecer o que pensam os alunos e considerar que as
famílias são parceiras no processo de ensino.
Confira as ações propostas.
1.Adapte o currículo da rede à
realidade
Um plano de trabalho anual baseia-se
no projeto pedagógico e deve estar de acordo com as necessidades de
aprendizagem dos alunos da instituição.
2. "O trabalho em classe depende
do que é feito antes e depois dele. Por isso, estude o assunto e pense nas
melhores maneiras de ensiná-lo. Crie as condições para a aprendizagem.
3. Administre bem o horário de
trabalho.
Distribuir os conteúdos pelo tempo
das aulas é complicado. Para determinar as atividades prioritárias, baseie-se
na experiência de anos anteriores e na de colegas. Pense na quantidade de horas
que você vai dedicar aos estudos, à elaboração das aulas e à correção de tarefas.
4. Antecipe as respostas dos alunos.
Cada problema proposto por você
provoca um efeito no grupo. Os alunos podem apresentar respostas e dúvidas
variadas e seguir estratégias diversas de resolução. Antes de iniciar a aula,
pense em intervenções que colaborem para todos avançarem em relação ao conteúdo
tratado.
5. Selecione os recursos para cada
atividade
Tudo o que será usado na aula precisa
ser preparado com antecedência. Desse modo, todos terão à disposição os
recursos mais adequados e úteis para a realização das diferentes tarefas.
6. Reorganize a sala de acordo com a
tarefa
A adequação do ambiente é o primeiro
passo para um trabalho produtivo. Por isso, deixe-o arrumado de forma
compatível com a atividade a ser realizada.
7. Aproveite todo o material
disponível
8. Não tranque os livros no armário
Obras de diferentes gêneros que
compõem o acervo da escola precisam ficar disponíveis para consulta ou leitura
por prazer. Coloque-as em uma sala de fácil acesso ou na própria classe, em
prateleiras ou caixas à vista. Isso incentiva o hábito da leitura e o cuidado
no manuseio das publicações.
9. Manter os trabalhos dos alunos
expostos faz com que aprendam a apreciar e valorizar o que é do outro e
acompanhar o que foi feito por todos.
10. Peça ajuda para arrumar os
espaços
Ao terminar uma atividade, a
responsabilidade por organizar a sala pode ser dividida com toda a turma.
11. Transgrida e mude sua prática
Experimente novos materiais, varie o
tipo de atividade e reveja estratégias constantemente.
12. Exponha a rotina diariamente
É essencial mostrar o que você vai
ensinar, explicitando os objetivos, o conteúdo tratado, em quanto tempo isso
vai se dar e como será a dinâmica.
13. Negocie acordos com a garotada
Apenas exibir o regulamento que deve
ser seguido na escola não convence crianças e jovens e, por isso, não funciona.
Os famosos combinados também só são bem aceitos quando feitos coletivamente e
não impostos por você de maneira disfarçada. Assim todos veem sentido nas
regras e passam a adotá-las.
14. Tenha interesse pelas ideias dos
estudantes
Ao propor atividades instigantes, em
que são levantadas hipóteses, conheça o pensamento de cada um. O que eles dizem
sobre aquele assunto? Esse conhecimento é fundamental para conduzir a aula. Em
vez de apenas corrigir erros, encaminhe o raciocínio dos alunos para que
solucionem o problema.
15. A lição de casa deve ser um
momento individual de estudo, descoberta e reflexão.
16. Enriqueça seu trabalho com as
parcerias
Se sua escola tem acordos com outras
instituições, utilize os recursos disponibilizados por elas da melhor forma
possível.
17. Ao formar grupos, junte saberes
diversos
Seu papel na divisão da classe para
atividades em equipe é fundamental. Considere muito mais do que afinidades e
reúna aqueles com conhecimentos diferentes e próximos, que têm a aprender e
ensinar. Explique que todos precisam atuar juntos para trocar informações, o
que é diferente de cada um fazer uma parte da tarefa e juntar tudo no fim.
18. Acompanhe quem tem mais
dificuldade
Não existem turmas homogêneas. Para
atender os estudantes com diferentes graus de desenvolvimento, são necessárias
estratégias variadas. Pense, com antecedência, em atividades que podem ser mais
adequadas e desafiadoras para aqueles que não estão no mesmo nível da maioria.
19. Considere e valorize as
competências
20. Valorize sua relação com a
criança que tem algum tipo de deficiência para reconhecer suas necessidades:
nada substitui o vínculo e o olhar observador.
21. Fique atento à experiência de
todos
Em uma sala de aula, cada um tem uma
história, vem de uma família diferente e tem uma bagagem de experiências
culturais. Valorize essa.
22. Crie um ambiente de aceitação
Seu papel também é garantir que se
estabeleçam relações de confiança e respeito. Por isso, torne constantes as
propostas que proporcionam a cooperação, a amizade, o respeito às diferenças e
o cuidado com o outro.
23. Dê o exemplo e não se omita no
dia a dia
Assistir a uma situação em que
ocorrem desrespeito ou preconceito sem reagir não condiz com o trabalho
docente. Destaque os comportamentos éticos e não deixe que outro tipo de
relação faça parte da rotina da escola.
24. Faça sempre o diagnóstico inicial
Antes de ensinar um conteúdo, faça o
diagnóstico. Ele é uma ferramenta rica para registrar em que nível cada um está
e o que falta para que os objetivos propostos sejam alcançados.
25. Diga ao aluno o que espera dele
Os critérios de avaliação devem estar
sempre claros. Só quando o estudante sabe os objetivos de cada atividade e o
que você espera, ele passa a se responsabilizar pelo próprio aprendizado.
26. Documente os trabalhos
significativos
Registrar as atividades e guardar as
produções mais relevantes é importante para analisar o percurso de cada um e o
que foi vivido em sala.
27. Avalie o potencial de
aprendizagem
Ao desafiar os jovens com questões
sobre o que ainda não foi visto em sala, você analisa o percurso que estão
construindo e a relação que fazem entre o conhecimento adquirido e informações
novas.
28. Compartilhe os erros e os acertos
O principal objetivo das avaliações
não deve ser atender à burocracia, ou seja, determinar as notas a ser enviadas
à secretaria. A função delas é mostrar a você e à meninada o que foi aprendido
e o que ainda falta. Por isso, compartilhe os resultados pontuando os erros e
mostrando como podem ser revistos.
29. Na hora de avaliar, note três
aspectos: o avanço de todo o grupo, as mudanças de cada estudante e o
aprendizado dele em relação à turma.
30. Use a avaliação para mudar o rumo
Propostos durante todo o ano, provas,
seminários, relatórios e debates mostram o que a garotada aprendeu ao longo do
processo. Essas ferramentas só são úteis quando servem para você redirecionar a
prática e oferecer pistas sobre novas estratégias ou como trabalhar conteúdos
de ensino.
31. Reflita sobre sua atuação para
melhorar
A autoavaliação é preciosa para
ajudar a perceber fragilidades. Todos os dias, ocorrem situações que permitem
repensar o trabalho em sala e o contato estabelecido com a equipe e a família
dos alunos.
32. Paute as reuniões com os pais
Os assuntos tratados em cada encontro
devem ser determinados de acordo com o que está sendo desenvolvido naquele
momento com os alunos.
33. Faça parcerias com os
responsáveis
A reunião de pais não é o momento de
críticas, mas de favorecer a participação e a parceria deles com você. Para
isso, diga como a escola vê o processo de aprendizagem e mostre a produção dos
alunos.
34. Informe-se sobre os familiares
Durante as reuniões, peça que os pais
se apresentem e digam o que fazem.
35. Muitos pais não se manifestam nas
reuniões porque não sabem quais são os objetivos da escola. Quando o professor
apresenta informações como essas, a participação aumenta.
36. Resolva as questões recorrentes
As reclamações citadas com frequência
pelos pais devem, sempre que possível, ser levadas em conta para que sejam
solucionadas rapidamente. Dar atenção às falas legitima a participação deles.
37. Olhe para o entorno e participe
Levando em conta as características e
as necessidades da comunidade em que está inserida a escola, proponha maneiras
de organizar ações com o objetivo de alcançar o bem-estar.
38. Planeje com a ajuda dos colegas
Uma aula só é boa se é bem preparada.
Aproveite o horário de trabalho pedagógico coletivo para isso. Você pode
compartilhar ideias, articular conteúdos e planejar projetos em conjunto,
medidas indispensáveis para construir uma escola de qualidade.
39. Recorra ao coordenador pedagógico
Para pensar as avaliações, dar ideias
sobre materiais de uso em sala ou como trabalhar determinado conteúdo, o
coordenador pedagógico é um parceiro. Convide-o a observar as aulas e indicar
atividades e formas de aprimorar sua relação com o grupo.
40. Discuta sobre o ensino e a
aprendizagem
Ao trocar ideias com outros
professores, dê menos ênfase às questões de comportamento dos estudantes e mais
às relativas à aprendizagem.
41. Priorize as relações
profissionais
Uma boa convivência entre os colegas
de trabalho deve ser pautada pelo conhecimento, pela colaboração e pela
cooperação.
42. Tanto professores mais
experientes como profissionais mais jovens podem ser seus parceiros. Respeite
as opiniões deles
43. Identifique e supere suas
dificuldades
O primeiro passo para buscar mudanças
é determinar suas falhas. Invista no que pode ser aperfeiçoado.
44. Mostre seu trabalho em outros
lugares
Depois de organizar suas produções,
compartilhe-as com os colegas. Conte a eles o desempenho das classes e o
resultado das atividades.
45. Aprenda com a prática dos outros
Os cursos de formação são os momentos
mais ricos para conhecer educadores. As experiências trazidas por eles podem
enriquecer seu repertório, ajudando a lidar com diferentes situações.
46. Continue os estudos para crescer
sempre
Faz parte do trabalho docente
pesquisar e ficar em dia com o que há de novo na área.
47. Use a tecnologia para ensinar
Muitos jovens devem ter melhor
domínio do computador do que você. Procure capacitação para incorporar recursos
que aprimorem o ensino da disciplina que você leciona.
48. Assista a palestras sobre sua
área
Para conhecer resultados de uma nova
pesquisa, se aprofundar em algum assunto e ampliar um saber, assistir a
palestras é uma boa opção.
49. O professor é alguém inspirador,
seguido pelos alunos. Por isso, seja uma pessoa melhor ao diversificar seus
interesses e conhecimentos e observar o mundo.
50. Procure planejar seu futuro
Faça uma ampla pesquisa para acertar
nas mudanças, alavancar sua carreira e se tornar um professor melhor.
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