quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


Aclamação de João VI em 1816.
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O quadro aqui reproduzido de 1818, é de autoria de Jean Baptiste Debret e é um documento oficial já que o mesmo foi testemunha ocular do fato acima. A cena mostra uma parte da cerimônia onde o monarca é abençoado pela igreja. A aclamação deve-se ao fato de D. João ter promovido o Brasil e categoria de Reino. Está ele cercado por seus ministros, acessores e toda côrte. Tido pelo folclore Brasileiro como um monarca boboca, dom João VI foi o único chefe de nação da época, que passou a perna em Napoleão Bonaparte.
Diante da iminente invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte, Dom João VI e sua corte fugiram para o Brasil em 1808, trazendo consigo, metade de todo dinheiro circulante em Portugal na época.

O simples fato da monarquia portuguesa aqui se estabelecer, deu ao Brasil o status de reino e com isso muitos privilégios foram conseguidos para a nação. O curto período de tempo que aqui ficou, apesar de ser contra sua vontade, foi definitivo para o futuro rumo do país e só trouxe benefícios para todos os habitantes.

Lendas a parte - como a que dizem que nunca tomou um banho no período que aqui esteve - ele efetuou as mais importantes modificações econômicas e sociais jamais vistas por aqui.

Promoveu o Brasil a categoria de reino em 1815. Além de abrir os portos, coisa impossivel de se fazer sendo colônia, permitiu que houvessem manufaturas aqui, algo que sua mãe, D. Maria I, proibira em 1785.
 Para promover o comércio, D. João instalou o Banco do Brasil e criou a Casa da Moeda. Inaugurou uma fábrica de pólvora, duas acedemias (a Militar e a da Marinha) e organizou fundições de ferro.

Dois meses após chegar a Salvador, com 36 navios trazendo 15.000 pessoas (entre nobres, funcionários, padres e criados) a família real se estabeleceu no Rio de Janeiro. Sua presença provocou a reurbanização da cidade e um enorme impacto nos costumes.

Mudou o estilo de vestir e de se comportar do carioca, que passou a frequentar bailes, chás e espetáculos de ópera. Também nessa época a população do Rio, subiu de 60.000, em 1808, para 100.000 em 1820.

Ele ainda formou as Escolas de Medicina, de Matemática, de Física e Engenharia e de Belas Artes. Organizava-se assim o ensino superior. Com a revolução portuguesa em 1820, ele foi obrigado a voltar para Portugal. Deixou no Brasil o príncipe regente, seu filho, Dom Pedro I. 

Proclamação da República 1889
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Óleo sobre tela de autor desconhecido, retratando o momento em que o General Marechal Deodoro da Fonseca declara oficialmente que o Brasil se tornara uma República.
O Império Brasileiro, amparado praticamente pela mão-de-obra escrava, com a Abolição da Escravatura pela Princesa Isabel, começou a ruir.

Os negros representavam quase toda mão-de-obra utilizada no Brasil, principalmente nos estabelecimentos agrícolas. Com a Abolição, os fazendeiros foram sensivelmente afetados, e por isso deixaram de apoiar o imperador.

Era a ocasião que os republicanos estavam esperando a muito tempo para investirem mais pesado no sonho de uma República. 
Assim, a monarquia que já estava abalada e prejudicada com a guerra contra o Paraguai, viu na Abolição sua morte decretada.

Com o apoio de Benjamin Constant e Floriano Peixoto, a causa republicana foi fortalecida nos seus ideais. Pela influência dos dois novos adeptos, aderiu também a causa, o Marechal Deodoro da Fonseca, que proclamou então a República do Brasil em 15 de novembro de 1889.

Com a República, a real família portuguesa foi definitivamente banida no território brasileiro e retornou à Portugal. 
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